O grande sucesso de Lykke Li “I Follow Rivers” já foi há três anos. Agora, com o terceiro álbum da cantora "I Never Learn", sua editora ambiciona transformar a artista de culto sueca em uma estrela pop de formato internacional. Para isso, foram lançadas grandes campanhas publicitárias agressivas com anúncios em todos os mais importantes meios de comunicação de todo o mundo. Lykke, no entanto, continua insistindo que é apenas uma artista Singer-Songwriter e nada mais do que isso.
I Never Learn é um trabalho bem produzido, sem dúvida, mas não se pode considerar um álbum no sentido de se ter aqui uma obra interligada, conceitual e imaginativa. No fundo, I Never Learn é um disco que reúne um conjunto de singles. Cada tema para si, separados um do outro, tem potencial de subir qualquer Top em qualquer parte do mundo, mas ouvi-los um a seguir ao outro se torna bastante indigesto, devido à grande semelhança que apresentam as dez canções entre si tanto estrutural como musicalmente.
A voz de Lykke Li me faz lembrar por vezes a de Cyndi Lauper, contudo falta-lhe a expressividade dessa e, ainda mais grave, Li se destaca por uma fraca articulação. A cantora sueca precisava urgentemente de mais umas aulas de inglês. Não se entende muitas vezes as letras das canções, já que Li engole quase por completo as sílabas no final das palavras. Se um sotaque pode até ser cativante, não podemos nesse caso, realmente, falar de um accent agradável, pois a chamada “pronúncia” de Li deixa o ouvinte bastante confuso (ou irritado). “Never Gonna Love Again“ é o tema que mais me cativou, embora todos os outros, como já referi, têm grande potencial.
Classificação: 6 de 10 pontos

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