Jennifer Lopez entra em tantos projetos - e muitos deles não estão relacionados com sua música -, que ela, quando recebeu no último mês da revista Billboard o Ícone Award (a primeira mulher a ser distinguida com este prêmio), se sentiu obrigada a sublinhar de forma expressa que afinal a música é para ela seu "first love".
Em seu oitavo álbum de estúdio, Lopez parece mais aguerrida do que nunca e não se poupa em expressões fortes para demonstrar que continua bem dentro da “onda”. Em "Acting Like That“, uma colaboração mediana com a mordaz rapper australiano Iggy Azalea, ela afirma-se como "baddest bitch in the world right here". Talvez este tema seja uma espécie de auto-terapia para ultrapassar o divórcio (que parece ter deixado marcas). Mas também se denota um afastamento, ainda que não totalmente, do ambiente de “party” que preenchia o álbum anterior.
Na verdade, AKA apresenta baladas bem elaboradas musicalmente, um hip-hop feroz que fica no ouvido ("I Luh Ya Papi " - o texto, no entanto, não está à altura da música) e um EDM Track (“First Love”), que não é bem aquilo que o título promete, mas surpreende realmente pela positiva.
Mas, apesar de termos ao longo de todo o álbum uma boa qualidade musical, é na produção que se encontram algumas fragilidades que prejudicam o resultado final da obra. AKA é naturalmente dominado pela presença forte da voz de Jennifer Lopez. Mas paradoxalmente falta ao álbum personalidade, uma sonoridade que consiga acompanhar com a fabulosa voz de Lopez.
Classificação: 7 de 10 pontos
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