Scarlett Johansson já apresenta, para seus vinte e nove anos de idade, uma carreira bastante longa, tendo interpretado um vasto leque de diferentes tipos de personagens. No entanto, nos últimos anos, Johansson está sofrendo com aquilo que se chama de “typecasting”.
Typecasting não tem nada de mal. Em Hollywood, os atores com maior sucesso de bilheteira faziam e fazem não mais do que repetir seu papel vezes sem conta em diferentes filmes. Talvez o maior expoente dessa tradição hollywoodiana seja Gary Cooper. Cooper em seus filmes era sempre Cooper, fazendo de caubói, soldado, policial ou aldeão, o papel que interpretava era sempre o mesmo.
Quando Scarlett Johansson começou no início do século a interpretar papéis mais relevantes, muitos viam nela uma nova Meryl Streep. E os filmes seguintes pareciam confirmar isso. Em 2008, Johansson decidiu participar em um blockbuster (Homem de Ferro 2) e abriu assim uma porta que talvez fosse melhor ter deixado fechada.
O enredo do filme de Luc Besson (Lucy, estréia em 8 de Agosto 2014 nos EUA) não podia ser mais exemplificativo do exposto, que não precisarei de acrescentar mais nada:
Lucy (Scarlett Johansson) é uma mulher que é obrigada a transportar droga no interior de seu corpo. A droga acaba por se infiltrar em seu organismo, dando a ela poderes especiais: Lucy consegue prever o futuro, mover objetos com a mente, não sentir dor, além de se ter transformado em uma autêntica máquina mortífera. Entrando em uma corrida contra o tempo para poder salvar sua vida, Lucy tenta encontrar um professor (Morgan Freeman) especializado na evolução e capacidades do cérebro humano, com a esperança que ele a possa ajudar.
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