31/05/2014

Tori Amos: Unrepentant Geraldines (Mercury Classics) - Resenha

Após três albuns exclusivamente dedicados à música clássica e a participação em um Musical, Tori Amos regressa ao formato puro de voz acompanhada por piano, formato que a tornou conhecida na década de 1990 e com que teve um enorme sucesso.
 
 
O novo disco Unrepentant Geraldines pode se apelidar de um álbum em família. Foi gravado no estúdio de seu marido Mark Hawley em Cornwall e contém um dueto com sua filha de 13 anos, Natashya, o que acentua ainda mais o sentimento intimista de toda a obra.
 
Temos uma Tori Amos cheia de expressividade que nos abre seu coração em Invisible Boy ou nos surpreende com uma confissão em Weatherman. Temos a artista a dedicar-se a temas como a religião, o envelhecimento ou o amor que são trabalhados e integrados em histórias etéreas, no estilo de romances Fantasy, fazendo, por vezes,  nos lembrar uma Kate Bush.

A qualidade das canções apresenta alguma inconstância. Trouble's Lament, que conta a história de uma garota que tenta escapar a satã, e se pode entender como uma metáfora para os demônios que nos perseguem na vida real, convence na sua totalidade. Mas há outras canções como Giant's Rolling Pin que roçam a banalidade.

Unrepentant Geraldines deve seguramente agradar mais aos fãs mais antigos de Tori Amos, mas sua voz continua com a mesma força e a mesma clareza de sempre. (HR)

Classificação: 6 de 10 pontos

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